Puerto Vallarta - A divergência entre Espanha e Argentina pela expropriação da YPF, filial da espanhola Repsol, será levada à mesa dos ministros de comércio do G20, que se reúnem nesta quinta-feira (19/4) no México, informou Jaime García-Legaz, secretário de Comércio do país europeu.
A decisão anunciada na segunda-feira (16/4) pelo governo argentino, "é contrária aos princípios com os quais o G20 se fundou, (que) é um fórum que promove o livre comércio e a economia de mercado, e esta decisão é protecionista e rompe as regras do jogo", afirmou García-Legaz.
O tema será levantado com discursos de Angelos Pangratis, embaixador e chefe da missão permanente da União Europeia na OMC, e Michael Punke, representante dos Estados Unidos no mesmo órgão, disse o ministro espanhol em coletiva de imprensa, em meio à reunião de ministros que será realizada na quinta e sexta-feira em Puerto Vallarta, no Pacífico mexicano.
A mensagem do G20 "será muito clara, de rejeição completa", advertiu o funcionário espanhol, que esclareceu que não manteve nenhum tipo de contato com a delegação argentina que participa do encontro.
Os países da União Europeia apoiarão a Espanha pelo fato de a Repsol ser uma empresa europeia, e Estados Unidos "por uma razão elementar" que é "a ruptura completa das regras do jogo", o que em outras ocasiões afetou empresas americanas, completou.
O ministro afirmou que há governos na América Latina "muito preocupados com o risco de contágio", toda vez que investidores internacionais evitam investir em outras nações da região, opinou.
A reunião de ministros da economia do G20 analisa mecanismos para impulsionar o livre comércio como meio de estimular o crescimento da economia e lutar contra o protecionismo.