O impasse envolvendo os governos da Argentina e Espanha ganha novos elementos nesta quarta-feira (18/4). O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, está no México para pedir o apoio dos líderes latino-americanos na ação que os espanhóis pretendem mover contra a decisão argentina de expropriar a petrolífera YPF, administrada pela Repsol. Rajoy participa do Fórum Econômico Mundial sobre América Latina, em Puerto Vallarta, na região de Jalisco.
[SAIBAMAIS]Rajoy participa de mesa-redonda sobre medidas adotadas pelos governos para reagir à recessão econômica global. Há ainda uma reunião com o presidente do México, Felipe Calderón. O primeiro-ministro pretende ir também à Colômbia para conversar com o presidente Juan Manuel Santos. Porém, ainda na Espanha, Rajoy pretende se reunir com os três principais candidatos presidenciais - Enrique Peña Nieto (Partido Revolucionário Institucional, o PRI), Josefina Vázquez Mota (Partido Ação Nacional , o PAN) e Andrés Manuel Lopez Obrador (Partido da Revolução Democrática, o PRD).
Na segunda-feira (16/4), a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, anunciou a proposta de expropriação da YPF. Pelo texto, em discussão no Congresso Nacional da Argentina, 51% das ações da empresa petrolífera serão expropriadas - o governo federal ficará com 26,06% e as regiões produtoras com 24,99% -, enquanto os restantes 49% serão de responsabilidade das províncias (estados) nas quais a empresa atua.
O governo argentino alega que a empresa Repsol, que administra a YPF, cometia uma série de irregularidades, como violações ao meio ambiente. As autoridades informaram que não pagarão o valor exigido pelos empresários espanhóis pela expropriação. A iniciativa da Argentina gerou uma série de contestações na Espanha. As autoridades espanholas condenaram a medida e prometem levar o caso à Justiça internacional. Para as autoridades, a decisão ameaça a relação de cordialidade entre os dois países.