São Paulo - A redução do nível de emprego na indústria paulista não deve mudar até o fim do ano. A previsão é da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) que apresentou nesta quarta-feira (12/4) os resultados da Pesquisa Mensal de Nível de Emprego. Só em março foram cortadas 4,5 mil vagas, uma queda de 0,18% ante o resultado de fevereiro. Comparado com março de 2011, a variação ficou em -2,1%, o pior número desde 2006.
;É um comportamento anormal para março, que costuma ser um mês de geração de empregos na indústria;, disse o diretor do Departamento de Pesquisa de Estudos Econômicos da Fiesp, Paulo Francini. Ele aponta que não há sinais de reativação do mercado de trabalho industrial este ano. A tendência, para a Fiesp, é o ano fechar com resultado negativo.
O setor de açúcar e álcool foi uma das exceções, se comparado com os demais setores da indústria, pois ampliou o número de vagas em 0,17%. Nos demais segmentos, o número de empregos caiu 0,35%. Mas os números do setor sucroalcooleiro, no entanto, diminuíram se comparados com o mesmo mês de anos anteriores. Dentre as razões apontadas pelos técnicos da Fiesp para explicar esse desempenho está a concorrência do álcool hidratado com a gasolina.
O setor que mais demitiu, no mês passado, foi o de produtos de metal (exceto máquinas e equipamentos), que perdeu 2.463 vagas. Em seguida, aparece o de produtos alimentícios, com redução de 1.536 vagas. Já o setor de preparação de couro e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados criou 1.744 empregos.