São Paulo - A Central Única dos Trabalhadores (CUT) promoveu, nesta terça-feira (10/4), no centro de São Paulo, a coleta de assinaturas de pessoas que desejam o fim da cobrança obrigatória do imposto sindical, descontado uma vez por ano de todos os trabalhadores com carteira assinada do país.
Documentos com as assinaturas recolhidas foram colocados em urnas instaladas na Praça Antônio Prado. ;Estamos fazendo um plebiscito nacional pelo fim do imposto sindical e sua substituição por uma contribuição aprovada em assembléia e, em vez de ficarmos ouvindo os dirigentes sindicais, queremos ouvir os trabalhadores e a população;, disse o presidente da CUT, Artur Henrique, em entrevista à Agência Brasil.
A entidade pretende instalar urnas em vários pontos do país, coletando assinaturas contra a cobrança do imposto, que é descontado no mês de março, independentemente de o trabalhador ser sócio ou não de sindicato.
Para Artur Henrique, o fim do imposto sindical deve fortalecer os verdadeiros sindicatos e fechar os ;de gaveta; ou pouco atuantes. ;Os próprios trabalhadores devem decidir, em assembléias, sobre a forma de sustentação e de organização dos sindicatos;, defendeu..
Henrique disse que há exemplos de sindicatos que, na impossibilidade de deixarem de cobrar o imposto, devolvem aos trabalhadores o valor da contribuição sindical obrigatória. ;O Sindicato dos Eletricitários de Campinas foi o primeiro do Brasil a conseguir uma decisão judicial de não descontar o imposto de nenhum trabalhador da sua base;, disse.