Em defesa da ampliação dos mercados externos para o Brasil e os países emergentes, a presidente Dilma Rousseff condenou nessa segunda-feira (4/4), em Washington, nos Estados Unidos, o protecionismo internacional, adotado principalmente pelas nações desenvolvidas, que impõe restrições às exportações. ;O governo repudia toda e qualquer forma de protecionismo, inclusive o cambial;, disse ela.
[SAIBAMAIS]Dilma chamou a valorização de moedas de ;doença holandesa; e classificou a alta do petróleo como prejudicial porque despreza as necessidades de populações pobres em benefício de pequenos grupos econômicos. Ela discursou durante encontro com empresários norte-americanos e brasileiros, além de representantes de universidades, na noite de ontem.
A exemplo do que ocorreu no mês passado, na Índia, a presidente reiterou que o combate aos efeitos da crise econômica internacional não deve se basear apenas em medidas de políticas de expansão fiscal e regressão de direitos sociais dos trabalhadores. Segundo ela, é fundamental implementar ações que estimulem o crescimento da economia com distribuição de renda e inclusão social.
;[O cenário econômico mundial] gera motivos de inquietação [em todos]. Nenhum país está imune;, disse a presidente, lembrando que o assunto será debatido durante a Conferência Rio%2b20, de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro. Segundo ela, os líderes mundiais devem enfrentar os novos paradigmas do século: ;[Trabalhar pelo] crescimento econômico com inclusão social e preservando o meio ambiente;.
Dilma conclui nesta terça-feira (10/4) a visita de dois dias aos Estados Unidos, com palestras em Boston, nas universidades de Massachusetts e Harvard. As duas instituições têm mulheres no comando. A presidente aproveitará a oportunidade para assinar acordos inseridos no programa Ciência sem Fronteiras ; que pretende enviar 100 mil pesquisadores brasileiros para o exterior até 2014, a maioria para instituições norte-americanas.