A presidente Dilma Rousseff reiterou nessa segunda-feira (9/4), em Washington, nos Estados Unidos, que a crise econômica mundial impõe a todos a busca pela superação de paradigmas e de novas oportunidades. No caso brasileiro, o crescimento da classe média é o estímulo para o país manter os esforços para o crescimento econômico, disse a presidente. Segundo ela, mais brasileiros serão incluídos neste nicho da sociedade, alcançando 60% da população em 2018.
;[A classe média] é a chave para a força e a capacidade de crescimento da economia em nosso país;, ratificou a presidente, durante encontro com empresários norte-americanos e brasileiros, além de representantes de várias universidades. ;A crise econômica internacional impõe a nós imensos desafios. Mas tem sido também a oportunidade para ultrapassar paradigmas.;
Dilma lembrou que o Brasil tem se esforçado, consolidando a superação de dificuldades econômicas em pilares sólidos. Ela ressaltou que atualmente o Brasil tem reservas líquidas acima de sua dívida externa. Também destacou que em 2002 a dívida líquida brasileira sobre o Produto Interno Bruto (PIB) era 64% e agora está em 36,5%.
A presidente disse ainda que os esforços do governo são para dar mais tranparência aos gastos públicos e aplicar de maneira adequada os recursos federais. Segundo ela, essa disposição faz parte de uma opção feita pelos setores público e privado, assim como pela sociedade brasileira: ;É importante que se destaque a iniciativa, que é do governo, dos empresários e do povo brasileiro;.
Para Dilma, há uma ;opção clara; no Brasil por estimular o crescimento econômico com medidas de justiça social e mais democracia. ;Buscamos um mercado de consumo de massa que é uma forma de justiça social;, disse, lembrando que as mudanças no Brasil refletem o que ocorre no mundo como um todo.
Ao defender a participação da classe média como força motriz na economia, Dilma lembrou que processo semelhante ocorre na Rússia, Índia, China e África do Sul, países que compõem o bloco do Brics. Ela reiterou que os cinco países têm grandes extensões territoriais e desafios comuns a perseguir, como a inserção das classes marginalizadas, pobres e que têm fome.
A visita de dois dias da presidente Dilma aos Estados Unidos acaba nesta terça-feira (10/4). Ontem, ela esteve em Washington e hoje passa o dia em Boston, quando irá às universidades de Harvard e Massachusetts. Em ambas, a presidente deverá apresentar as parcerias para o programa Ciência sem Fronteiras.