Atenas - O governo grego que surgirá das eleições legislativas previstas para maio deverá manter a política de saneamento das contas públicas e reduzir os gastos em 12 bilhões de euros em 2013 e 2014, advertiu nesta sexta-feira o primeiro-ministro, Lucas Papademos. Papademos destacou que estão sendo realizados estudos para definir os gastos que deverão ser cortados, e estas análises serão finalizadas antes de expirar o mandato do atual governo para que a próxima equipe possa tomar decisões.
O primeiro-ministro alertou para a possibilidade de qualquer desvio do programa de saneamento da economia grega adotada pelo Parlamento no dia 12 de fevereiro, em meio a violentas manifestações. O dirigente também lamentou a recessão que atinge o país desde 2008 e que ainda deverá ser mantida, elevando ainda mais a taxa de desemprego, "que se agravou para além do previsto nos últimos anos". No quarto trimestre de 2011, o desemprego chegou a 20,7%, contra 14,2% um ano antes.