O Ministério Público Federal no Distrito Federal divulgou nesta segunda-feira (27/3) que vai apurar 16 denúncias de supostas falhas no último concurso do Senado. Os processos abertos serão encaminhados à procuradores que devem decidir pelo arquivamento ou investigação das possíveis irregularidades.
As denúncias foram recebidas pelo MPF desde o lançamento do edital até esta segunda-feira. De acordo com a assessoria de imprensa do MPF, "o número de representações é, certamente, superior ao número de procedimentos autuados, uma vez que muitas se referem ao mesmo tema, sendo agrupadas em um único procedimento, enquanto outras ainda estão em fase de classificação".
Arquivamento
Quatro das denúncias, relativas ao edital do concuso, já foram arquivadas pelos procuradores. Uma delas tratava da cobrança de língua inglesa para o cargo de analista legislativo. Por não possuir relação lógica com as atribuições da atividade, o pré-requisito beneficiaria candidatos fluentes no idioma. A segunda peça arquivada também diz respeito ao mesmo cargo. Um dos itens do edital separaria o processo de provas do processo de avaliação.
A terceira, no entanto, cobrava investigação para a não previsão de vagas para candidatos portadores de deficiência nos cargos de técnico legislativo, na área de Polícia Legislativa.
A Fundação Getúlio Vargas foi procurada pelo Correio e alegou não ter recebido qualquer notificação por parte do Ministério Público Federal, mas que estão dispostos a colaborar caso o MPF considere necessário a abertura de um processo de investigação.