São Paulo ; O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse nesta sexta-feira (23/3), em São Paulo, que o país vai crescer de forma mais intensa nos próximos dois anos. Um crescimento sustentado, segundo ele, pela demanda interna, por estoques industriais e pelo que chamou de "processo de flexibilização das condições macroeconômicas".
;O ritmo da atividade econômica irá se acelerar ao longo deste ano e ao longo do próximo ano, ou seja, teremos mais crescimento em 2012 do que tivemos em 2011 e, em 2013, possivelmente, mais do que teremos este ano;, disse Tombini.
Quanto à economia mundial, Tombini prevê crescimento menor este ano, ;permanecendo em patamares relativamente baixos em comparação à história de evolução do PIB [Produto Interno Bruto] mundial;.
Tombini voltou a assegurar que a inflação brasileira está convergindo para o centro da meta estabelecida pelo Banco Central, de 4,5% no acumulado do ano. Para reforçar a previsão, Tombini lembrou que a meta de inflação foi cumprida, em 2011, pelo oitavo ano consecutivo. ;Em relação ao sistema de metas, vemos que tem sido importante e bem sucedido para fazer com que a inflação oscile ao redor da meta;, disse.
Tombini participou em São Paulo do lançamento da ampliação do Sistema de Informações de Crédito (SCR), que fornece informações mais detalhadas sobre operações de crédito, como renda das pessoas físicas e faturamento das pessoas jurídicas. Até o momento, o sistema identificava, de forma facultativa, todos os clientes com operações totais iguais ou superiores a R$ 1 mil. A partir de 30 de abril, essa identificação vai ser obrigatória.
De acordo com o presidente do BC, com a ampliação do SCR, será possível identificar 96% das operações de crédito. ;É uma cobertura que poucos países têm, se é que algum país tem esse tipo de cobertura de suas informações de crédito;, disse Tombini.