Jornal Correio Braziliense

Economia

Péssima qualidade de concursos muitas vezes tira do páreo os qualificados

Questões erradas, mal formuladas e, muitas vezes, sem nenhuma relação com a função a ser desempenhada pelos aprovados em concurso se tornaram comuns nas seleções para o funcionalismo público. A prática coloca em dúvida até que ponto as bancas organizadoras são capazes de selecionar, de fato, os candidatos mais bem capacitados a prestar um serviço de qualidade ao país, ou se simplesmente escolhem os que passam mais tempo memorizando conteúdos que de nada servirão após os testes. Não à toa, o nível de qualificação dos recentes servidores públicos é tão ruim.

Um dos casos recentes mais emblemáticos foi o da prova para técnico de nutrição da Prefeitura de Jaboticabal (SP), no qual os candidatos precisaram responder qual o estado de origem da paraibana Luiza, que se tornou famosa com a frase ;Menos Luiza, que está no Canadá;, pronunciada em um comercial de televisão. Situações esdrúxulas também puderam ser observadas no concurso do Senado, aplicado no último domingo. O certame contou com uma pergunta sobre qual o nome de dois conselheiros da Agência Nacional do Petróleo (ANP) ; órgão que em nada tem a ver com o trabalho dos que forem aprovados ; nos testes para o cargo de consultor.