O consumidor pode preparar o bolso para um novo aumento na gasolina. Com o petróleo em ritmo de alta, acima de US$ 120 o barril, o governo já admite que não conseguirá barrar o reajuste. O preço do combustível no país não acompanha, em tempo real, a alta do mercado externo e a Petrobras está impedida de repassá-lo automaticamente, a não ser que tenha autorização de seu maior acionista, a União. E, por isso, a companhia voltou a bater na mesma tecla nesta semana. Conforme cálculos feitos por economistas a pedido do Correio, a defasagem na gasolina oscila entre 20% e 25%.
A resistência do governo, no entanto, é quanto ao impacto desse aumento na inflação, que fechou 2011 em 6,5%, no teto da meta estipulada para o ano. A estratégia de redução da taxa básica de juros (Selic), hoje em 10,5%, pode ser comprometida se a inflação ultrapassar o limite em 2012. Os combustíveis estão entre os itens que mais pesam no cálculo dos índices de preços. ;Qualquer alta na gasolina impacta diretamente na inflação;, afirmou o especialista em energia e diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (Cbie), Adriano Pires. Ele estima que a defasagem do preço da gasolina nos postos gire entre 20% a 23%.
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