O ministro da Fazenda, Guido Mantega, negou que o governo estude medidas para elevar o Imposto de Renda sobre aplicações financeiras. Reportagem publicada na edição desta terça-feira (14) do jornal O Estado de S. Paulo informa que ;o governo prepara mudanças na tributação do Imposto de Renda sobre as aplicações de renda fixa, como fundos de investimentos e CDBs [certificados de depósitos bancários];. De acordo com o diário paulista, o objetivo do governo seria desestimular, por meio da elevação de impostos, ;as aplicações que acompanham o sobe e desce da taxa básica de juros, a Selic;.
;Não procede. Não tem nenhum estudo para aumentar imposto de renda sobre aplicações financeiras. Nós só pensamos em reduzir impostos, neste momento. Não tem nenhum aumento de imposto previsto;, assegurou Mantega após a reunião do Conselho Político, que se estendeu até o início da tarde, no Palácio do Planalto.
Neste momento, o Minstro Guido Mantega está reunido com a ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, e a secretária de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Célia Correa, para discutir cortes no Orçamento da União. Ao chegar no Ministério da Fazenda, a ministra Miriam Belchior disse aos jornalistas que o anúncio dos cortes pode ser feito amanhã (15).
A reunião do Conselho Político durou pouco mais de duas horas , no Palácio do Planalto, e teve a participação de lideranças de 15 partidos da base aliada na Câmara e no Senado. O único que não mandou representantes foi o Partido Republicano (PR). O deputado Lincoln Portela (MG), líder no PR na Câmara, disse que a Executiva Nacional do partido tinha reunião previamente agendada para as 11h e ele não tinha como participar do Conselho Político. Mas agradeceu ao convite e apresentou desculpas.
A primeira reunião do Conselho Político do ano foi instalada pela presidenta Dilma Rousseff e pelo vice-presidente da Republica, Michel Temer, com participação dos ministros da Fazenda, Guido Mantega; das Relações Institucionais, Ideli Salvatti; do Planejamento, Miriam Belchior; da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; e da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.
Eles discutiram estratégias para a votação de matérias de interesse do Executivo, de modo a garantir o controle dos gastos públicos. Entre as prioridades elencadas pelo Executivo estão as votações do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos (Funpresp), a Lei Geral da Copa e o Código Florestal.