PARIS, 13 fevereiro 2012 (AFP) - A Autoridade de Mercados Financeiros (AMF) francesa anunciou nesta segunda-feira a retirada da proibição de venda no curto prazo para uma série de valores franceses.
A proibição desta prática especulativa, acusada de acelerar a queda das ações, expirou no sábado passado, disse a autoridade reguladora. A medida havia sido instaurada em 11 de agosto de 2011, em plena tormenta financeira mundial decorrente do rebaixamento da nota de solvência americana pela agência Standard and Poor;s.
As ações envolvidas eram das empresas April Group, Axa, BNP Paribas, CIC, CNP Assurances, Credit Agricole, Euler Hermes, Natixis, Scor and Société Générale.
A prática, conhecida no mercado como "venda à descoberto", ou "short-selling", implica em uma aposta dos investidores de que uma determinada ação vai cair de preço. Com isso, eles vendem o ativo financeiro ou derivativo que foi ;alugado; por eles, esperando que seu preço caia para então comprá-lo de volta e lucrar na transação.
Os defensores dessa prática afirmam que ela permite aos investidores uma proteção (hedge) contra o risco, mas críticos dizem que isso só aumenta a pressão para a baixa nos mercados em queda e não serve para nada real, além de comércio especulativo de lucro a curto prazo.