O Brasil parece ter reencontrado no capital privado uma saída para superar décadas de estagnação nos investimentos em infraestrutura. O sucesso dos leilões de três grandes aeroportos ; Brasília, Guarulhos e Viracopos ; jogou luz sobre oportunidades de negócios em pelo menos 20 grandes projetos já iniciados ou prestes a começar. Esses empreendimentos, na maioria encabeçados pelo governo federal, ainda podem ser alvo de concessões, parcerias público-privadas (PPPs) e de um promissor mercado de títulos de dívida (debêntures) de médio e longo prazos.
Com orçamentos que vão de US$ 1,8 bilhão ; caso do Porto do Açu (RJ), da LLX Logística ; aos US$ 25 bilhões das plataformas da Petrobras, passando pelos US$ 23,5 bilhões do trem-bala ligando São Paulo ao Rio de Janeiro, o país apresenta uma lista invejável de obras (veja quadro), que só perde em variedade para os gigantes China e Índia. Como estímulo extra aos investidores estão uma democracia estável, a realização da Copa do Mundo (2014) e das Olimpíadas (2016) e o potencial de crescimento econômico limitado basicamente por uma logística deficiente. Estima-se que, para atingir um patamar de infraestrutura semelhante aos Estados Unidos de hoje, o Brasil precise de R$ 1 trilhão em investimentos.
;Os leilões dos aeroportos romperam uma barreira ao capital privado, iniciando uma nova era. Vencido o imobilismo do governo, é preciso continuar avançando de forma rápida para não desperdiçar oportunidades criadas pelo quadro internacional, sobretudo diante da situação desoladora da Europa;, afirma Amaryllis Romano, economista da Tendências Consultoria. ;A relativa rapidez com que o governo decidiu mudar de rumo e efetivar a transferência dos terminais a gestores privados é motivo de otimismo com o futuro;, acrescenta.
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