Jornal Correio Braziliense

Economia

Dizendo-se otimista, Dilma prevê crescimento de 5% para PIB em 2011

A presidente Dilma Rousseff previu para 5% o crescimento do PIB brasileiro em 2011. A previsão coroou uma longa explanação sobre a situação econômica brasileira, durante o café da manhã com jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, na manhã desta sexta-feira (16). Dizendo-se otimista com o Brasil, Dilma acredita que a taxa de inflação deste ano fará uma ;curva suave; e ficará sob controle.

;A minha meta é de 5%. Não sou otimista com o Brasil por conta do meu ofício. Sou otimista porque acho que tivemos o cuidado de tomar medidas de precaução contra a crise;, defendeu, citando medidas de redução de impostos e de incentivo ao empreendedorismo como exemplo. ;Todos os países estão fazendo isso. Na França, a proteção à economia será o tema da campanha presidencial. Nos Estados Unidos, o governo também está fazendo;.

Dilma defendeu que o país tem reservas para enfrentar a crise, além de margem de manobra na política monetária para fazer frente às dificuldades. ;Aqui há oportunidade de investimento, estamos em franca expansão. A demanda reprimida do povo brasileiro é uma das coisas mais fortes. O povo foi instigado a consumir durante anos, até pelos meios de comunicação;.

A presidente comentou mudanças que fez em uma série de programas do governo. No Minha Casa, Minha Vida, Dilma afirmou que foram revistos os preços dos imóveis, que estariam desnivelados em relação ao preço da terra no Brasil. ;Também mudamos os projetos, aumentando o tamanho das janelas e colocando azulejos em toda a cozinha;, citou como exemplo. Prometeu informatizar até março todos os estudos de viabilidade, projetos básicos e executivos das obras de rodovias. ;Mantivemos o nível de investimento de 2010, até um pouco mais;, afirmou.

[SAIBAMAIS]Dilma disse ainda que não prevê reajustes salarias reivindicados por categorias como o Judiciário. ;Eu fiz o que pude. Mas lei é lei. Acho que reivindicação salarial é justa, nosso país permite isso, mas temos que ver o cenário de crise;, justificou, lembrando que o orçamento de 2012 não prevê reajustes.