Jornal Correio Braziliense

Economia

Governo tenta integrar órgãos para deixar atendimento mais eficiente

Além das obras para contornar falhas e limitações no transporte de milhões de passageiros, o governo sabe que a falta de integração entre os diversos órgãos federais contribui para aumentar o caos nos aeroportos. O primeiro esboço de coordenação entre as autarquias, estatais e departamentos de ministérios ocorreu no fim de novembro, quando o governo anunciou um pacote de medidas para evitar o risco de caos aéreo gerado pelo movimento recorde esperado para o fim de ano.

[SAIBAMAIS]O esforço coletivo conta com planos especiais de cada diretoria, incluindo reforço das equipes presentes nos terminais na alta temporada. Criada em março, a Secretaria de Aviação Civil (SAC), vinculada à Presidência da República, deu início ao
processo, antes subordinado ao Ministério da Defesa.

O passo seguinte foi dado em agosto, com a publicação do decreto instituindo a Comissão Nacional de Autoridades Aeroportuárias (Conaero). Encabeçado pela SAC, o grupo reúne representantes de órgãos e entidades que atuam nos aeroportos e visa aperfeiçoar procedimentos e aumentar a qualidade, a segurança e a celeridade dos processos operacionais. Segundo a secretaria, o Conaero é o responsável pela organização e coordenação das atividades nos aeroportos. Mas ressalta que todas ações respeitarão competências de cada instituição.

Autoridade
Com essa comissão, foram anunciadas as seis primeiras autoridades aeroportuárias. Trata-se de espaços coordenados pela Infraero dotados de recursos tecnológicos, como monitoramento por câmeras, para acionar comandos imediatos de todos envolvidos no processo de embarque e desembarque. A expectativa é que todos os terminais do país, pertencentes ou não à rede da estatal, implantem esses centros que terão de solucionar problemas com rapidez.

O condomínio gerido pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) abriga uma série de siglas com focos diversos. Entre elas, Receita Federal, Ministério da Agricultura (defesa agropecuária), Polícia Federal e Aeronáutica, além da agências nacionais de vigilância sanitária (Anvisa) e aviação civil (Anac). (SR)