A ameaça afeta o "Triplo A" de Alemanha, França, Países Baixos, Finlândia, Luxemburgo e Áustria. Segundo a agência, França é o único desses seis países que pode ter a nota em dois níveis.
A SP;s disse que completaria sua revisão das classificações da dívida soberana da Eurozona "o mais cedo possível", depois da reunião da UE de quinta e sexta-feira para tratar a crise da dívida da região. Dependendo dos resultados desta reunião, a SP;s advertiu: "Cremos que as notas de Áustria, Bélgica, Finlândia, Alemanha, Países Baixos e Luxemburgo poedem ser cortadas em um nível ou dois para as dívidas de outros governos".
A reunião da UE é "uma oportunidade para os responsáveis políticos de romper o padrão do que consideramos como sendo medidas defensivas e pouco sistemáticas" para superar os intereses nacionais individuais e "avançar em uma resposta consistente à crise que vá além do restabelecimento da confiança do investidor", diz a agência.
Os dois únicos países da eurozona que estão fora dessa advertência são a Grécia, cuya nota se encontra atualmente no território especulativo pela moratória seletiva da dívida, e Chipre, que já foi colocada em "vigilância negativa" pela agência.
Quando uma agência de classificação coloca uma perspectiva negativa para a classificação da dívida soberana de um país, há uma possibilidade de mais de 50% de que esta seja cortada antes de três meses.
Após o anúncio, París e Berlim, "plenamente solidárias", confirmaram sua vontade de tomar todas as decisões necessárias" para garantir a estabilidade da Eurozona.
Segundo um comunicado conjunto franco-alemão divulgado à noite, "França e Alemanha tomaram consciência da posição da SP;s, mas reafirmam que as proposições formuladas hoje conjuntamente permitirão reforçar a governança da Eurozona com a finalidade de reestablecer a estabilidade, a competitividade e o crescimento".