O consumidor brasileiro foi hoje (1;) às lojas conferir se o varejo se animou com as medidas de incentivo ao consumo, anunciadas pelo governo na manhã desta quinta-feira. Uma das medidas, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados, atinge eletrodomésticos da chamada linha branca ; geladeira, fogões e máquinas de lavar. E foram justamente esses os produtos procurados por consumidores ouvidos pela Agência Brasil.
O decreto, com o pacote de estímulo ao consumo, foi publicado no Diário Oficial da União, em edição extraordinária, como uma das estratégias para manter a produção da economia brasileira e o emprego, diante da crise econômica externa.
Entre os produtos que tiveram a taxa reduzida estão o fogão, cuja alíquota do IPI foi zerada. Antes, era 4%. No caso da geladeira, a redução do IPI foi de 15% para 5%, e a máquina de lavar teve o IPI reduzido de 20% para 10%. Os eletrodomésticos em estoque também entraram na lista de redução do imposto.
Depois de saber da redução do IPI, o enfermeiro Fernando Carlos da Silva foi a uma loja de eletrodomésticos com sua esposa, Larissa Vilarins, para garantir o seu desconto. ;É um incentivo ao consumidor. Fiquei sabendo hoje pela manhã da redução e vim dar uma conferida nos preços;, relatou.
Pedro José de Vasconcelos, técnico em manutenção, também resolveu arriscar um desconto. ;Soube bem por alto dessa redução e, como estava já estava querendo dar uma olhada na geladeira, vim conferir os preços para saber se realmente estão valendo a pena."
A maioria dos consumidores, no entanto, ainda não está ciente da queda do imposto que incide sobre os produtos da linha branca, como é o caso das servidoras públicas Julieta Nunes e sua filha, Lucimar Nunes. ;Vim comprar uma máquina de lavar porque estava precisando e não fazia ideia desta redução, fiquei sabendo aqui na loja;, contou Lucimar.
Já os lojistas acreditam que, com a iniciativa do governo em reduzir os impostos, as vendas podem superar as expectativas previstas para este ano.
Além da redução do IPI, foi decretada também a queda do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado no crédito para a pessoa física, que teve a alíquota anual reduzida de 3% para 2,5%.