Jornal Correio Braziliense

Economia

Mantega quer manter meta fiscal para 2012 e pede colaboração do Legislativo

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, garantiu que a política fiscal será mantida em 2012 como parte da estratégia do governo de assegurar o crescimento da economia de forma equilibrada ante a crise internacional. Nesta quinta-feira (1;), Mantega anunciou uma série de medidas para estimular o consumo das famílias no país. As mudanças, segundo ele, irão estimular a produção e o emprego no mercado doméstico.

;O governo está fazendo uma economia de gastos. Ou seja, está gastando menos do que está arrecadando dentro do compromisso que nós assumimos para 2012. Nós vamos continuar com a política fiscal e a austeridade que levarão à diminuição da dívida pública;, disse.

Mantega destacou que o Brasil é atualmente um dos pouco países que mantêm em queda a relação entre a dívida e o Produto Interno Bruto (PIB). Para isso, informou, é importante que o governo mantenha um comportamento fiscal responsável, impedindo aumento dos gastos públicos.

O ministro pediu a colaboração dos outros Poderes. Para ele, é importante que o Judiciário e o Legislativo não pressionem por novos aumentos de gastos neste momento de austeridade. ;Temos que impedir que haja aumento de gastos, de consumo no governo, e temos que contar com a colaboração do Legislativo e do Judiciário para que não haja aumento desses gastos;, ressaltou.

[SAIBAMAIS]Em outubro, de acordo com números divulgados pelo Banco Central, no último dia 25, o superávit primário, receitas menos despesas, excluídos os juros da dívida do setor público consolidado ; governo federal, estados, municípios e empresas estatais ; chegou a R$ 13,959 bilhões. No mesmo período do ano passado, o superávit primário ficou em R$ 9,738 bilhões.

Nos dez meses do ano, o superávit primário do setor público consolidado chegou a R$ 118,596 bilhões, resultado próximo aos R$ 127,9 bilhões estabelecidos como meta para todo o ano de 2011.