Bruxelas ; Apesar da criação de vagas na Alemanha, o índice de desemprego na Zona do Euro atingiu o recorde de 10,3% da população ativa em outubro, com a Espanha confirmando um dos piores momentos de sua história ; o índice de desocupados no país bateu em 22,8%, de acordo com números divulgados ontem pela agência de estatísticas Eurostat. Depois da Espanha, a Grécia registrou a segunda maior taxa de desemprego na região. Lá, do total de pessoas aptas ao trabalho, 18,3% estão na rua.
O índice de desemprego da Zona do Euro supera o nível de 10% há seis meses consecutivos. Segundo os cálculos da Eurostat, 16,3 milhões de pessoas estavam desocupadas na região em outubro ; 126 mil a mais que em setembro. Na Espanha, a taxa subiu 0,3 ponto percentual ; era de 22,5% um mês antes. Atualmente no olho do furacão da crise europeia, a Itália também viu seus números piorarem gravemente. A taxa de desemprego no país, com ajuste sazonal, subiu para 8,5% em outubro, ante leitura de 8,3% no mês anterior, e alcançou o maior nível desde maio de 2010.
No bloco, apenas a Alemanha viu a taxa de desemprego apresentar ligeira melhora, caindo de 7% para 6,9%. A expectativa era de que cerca de 20 mil pessoas fossem demitidas em outubro, mas o número foi bem menor, de apenas 5 mil. Maior economia da Zona do Euro e considerada a locomotiva do bloco, o país estava apreensivo. Desde o início de 2010, a elevação da quantidade de alemães desocupados foi detectada no 10; mês do ano. Desta vez, o saldo foi positivo.