As taxas de pobreza e a de indigência na América Latina atingiram o nível mais baixo dos últimos 20 anos. A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) informou nesta terça-feira (29/11) que a o indicador de pobreza caiu de 48,4% para 31,4% da população, o que representa 174 milhões de habitantes ainda em situação de pobreza. O índice de indigência passou de 22,6% para 12,3% da população ou 73 milhões de pessoas.
O aumento de renda do trabalho e as transferências monetárias públicas contribuíram para a redução desses índices. A perspectiva da Cepal é de que a taxa de pobreza caia pelo menos mais 1% em 2011. No entanto, a alta no preço de alimentos irá neutralizar o aumento previsto nas rendas domiciliares. Ou seja, a indigência irá aumentar em 5% até o final deste ano.
O Brasil está entre os países com gasto social anual per capita superior a mil dólares, assim como Argentina, Chile, Costa Rica, Cuba, Trinidad e Tobago e Uruguai. Nesse contexto, a previdência e a assistência social são as áreas de maior importância.
De acordo com o relatório Panorama Social da América Latina 2011, a contensão da crise econômica internacional foi efetivada a partir do incentivo ao gasto público em vez de contraí-lo. Com isso, fez-se possível prevenir o aumento do desemprego e da vulnerabilidade social.
Cinco países registraram quedas relevantes em suas taxas de pobreza entre 2009 e 2010: Peru Equador, Argentina, Uruguai e Colômbia.