ROMA - O comissário europeu de assuntos econômicos e monetários, Olli Rehn, assegurou nesta sexta-feira em Roma que "decididamente" não vê um fim do euro e que a participação da Itália é crucial para a moeda única e para a União Europeia.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, advertiram o novo chefe do governo italiano, Mario Monti, que "a queda da Itália provocaria inevitavelmente o fim do euro", disse na sexta-feira em um comunicado a chefe do governo italiano, o que gerou várias reações.
Rehn, que realizou uma reunião de duas horas com Monti, participou de uma coletiva de imprensa na qual ressaltou que a Itália "pode superar a crise", já que as bases de sua economia "são sólidas", explicou. "A Itália está cheia de talento e dinamismo", acrescentou.
O funcionário da UE informou que "vê positivamente" o programa de medidas do novo executivo e que apoia as prioridades do governo presidido pelo tecnocrata Monti: consolidação fiscal e crescimento econômico. "É preciso oferecer mais postos de trabalho para os jovens, mais perspectivas de trabalho. O país não tem necessidade apenas de consolidação financeira", acrescentou.
Para Rehn, é necessário que o governo conte com "um forte mandato para implementar as reformas. É urgente", disse. "Estamos muito felizes que a Itália tenha de novo um papel na Europa. A Itália precisa da Europa e a Europa precisa, por sua vez, de uma Itália forte, porque a Itália é, além de tudo, uma das fundadoras da União Europeia e da moeda única", destacou. "Estou certo de que a Itália fará o que tem que ser feito para acalmar os mercados e realizar as reformas necessárias", concluiu.