Milão - A Itália conseguiu nesta sexta-feira (25) captar 10 bilhões de euros com emissões de títulos a seis meses e dois anos, mas para isto teve que oferecer um rendimento recorde e em forte alta na comparação com as últimas operações similares, anunciou o Banco Central.
As letras a seis meses registraram juros a 6,504%, contra 3,535% na última emissão similar de 26 de outubro. Os títulos a dois anos terão rendimento de 7,814%, contra 4,628%.
Este custo de financiamento é considerado insustentável para o país, afetado por uma dívida pública de 1,9 trilhão de euros (equivalente a 120% do PIB).
Em outro sinal de preocupação dos mercados, a Bolsa de Milão perdia 1,91%.
A operação aconteceu um dia depois de uma reunião entre o presidente francês, Nicolas Sarkozy, e os chefes de Governo da Alemanha, Angela Merkel, e da Itália, Mario Monti.
Os mercados consideraram o encontro decepcionante, já que a Alemanha, principal economia europeia, se manteve intransigente na recusa em ampliar as competências do Banco Central Europeo (BCE).
Merkel também manteve a oposição à emissão de eurobônus, mas recebeu o apoio francês a uma revisão dos tratados europeus para permitir uma maior vigilência orçamentária dos 17 Estados membros da Eurozona.