Jornal Correio Braziliense

Economia

Miriam Belchior não descarta medidas para reduzir efeitos da crise mundial

São Paulo ; A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, reconheceu hoje (23) a necessidade de serem tomadas algumas medidas como estratégia para minimizar os efeitos da desaceleração econômica no mercado internacional ainda que a previsão para o Brasil, em 2012, seja de crescimento econômico acima da média mundial.

Segundo ela, o Brasil tem bom desempenho das contas externas e empresta mais recursos do que pede emprestado. Além disso, a demanda de consumo interno tem ajudado no desenvolvimento da economia. A ministra, no entanto, lembrou que o governo está atento ao fato de o país não estar isolado do mundo e que, por isso, há que se observar o baixo crescimento da economia dos Estados Unidos e ;a iminente recessão na zona do euro;, fatores que, de acordo com Miriam, criaram uma enorme competição em âmbito global.

A ministra disse que ;é preciso proteger as empresas brasileiras e que o Plano Brasil Maior, lançado pela presidenta Dilma Rousseff, surgiu com uma série de medidas para garantir essa proteção;. Entre os pontos positivos apontados por ela para 2012, estão a valorização do salário mínimo como forma de manter o mercado interno aquecido, as medidas de desoneração fiscal e o andamento do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Miriam observou ainda que, até setembro, os investimentos aumentaram 22% em relação ao mesmo período do ano passado, com a aplicação de R$ 43 bilhões, no melhor desempenho já registrado. Além disso, lembrou, foram concluídos 11% das obras previstas para 2014.

Ao participar da abertura do 4; Fomenta Nacional - SP, encontro do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a ministra destacou que o setor tem contribuição expressiva no ;ciclo virtuoso de crescimento econômico do país;. Segundo ela, 64% das compras do setor público com valores até R$ 80 mil são provenientes do segmento.

O principal tema em discussão no evento é o aumento das vendas de micros e pequenos empresários para o setor público, que cresceram mais de 600% entre 2006 e 2010, passando de R$ 2,14 bilhões para R$ 15,97 bilhões.