O diretor de política monetária do Banco Central, Aldo Mendes, reafirmou o discurso da instituição de que a inflação não irá estourar o teto da meta neste ano. Em entrevista à agência Reuters, ele disse estar confiante de que a carestia se manterá abaixo de 6,5%, como projeta o último Relatório Trimestral de Inflação divulgado pela autoridade monetária e o boletim Focus desta semana, no qual o mercado alinhou suas expectativas com as do BC e reduziu a previsão para a inflação de 2011 para 6,48%.
;Nós estamos confiantes de que a inflação não será maior do que 6,5% neste ano. Então nós estaremos no topo do intervalo, mas ainda dentro da meta;, afirmou Mendes. A meta oficial do governo é de 4,5% para o IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos. No final de setembro,
quando foi divulgado o Relatório de Inflação, o BC havia admitido que a carestia poderia estourar o teto da meta. Naquele momento, a autoridade monetária elevou de forma expressiva sua projeção para este ano ; para 6,4%, ante estimativa anterior de 5,8%, divulgada em julho ; e afirmou que havia 45% de chance de o teto ser ultrapassado.
Impacto
O diretor afirmou ainda que o baixo crescimento global e a economia doméstica mais moderada vão trazer a meta de inflação para o objetivo central, em torno de 4,5%, no fim de 2012. ;Por que nós acreditamos nisso? Primeiro, há um ambiente de crescimento econômico global lento; segundo, porque a economia interna está moderando e, terceiro, porque nós não teremos o impacto dos preços das commodities na inflação brasileira como em 2010;, afirmou, durante assembléia anual da Federação Latino-americana de bancos, em Miami, nos Estados Unidos.