O risco da dívida espanhola atingiu, no meio da tarde desta segunda-feira (14/11), 429,6 pontos base, o nível mais alto desde a criação da moeda única europeia, com a rentabilidade dos títulos com prazo de dez anos superando 6% ao ano. O aumento da diferença face aos títulos alemães ocorreu tanto pelo aumento do risco da dívida espanhola como pela queda do rendimento dos papéis germânicos de dez anos, que pagam 1,798%.
Analistas atribuem o aumento à situação na Grécia e na Itália, mas, também, às incertezas sobre as eleições de domingo na Espanha. Apesar da expectativa de vitória do Partido Popular, são desconhecidos os detalhes da futura política econômica.
O fato de estar previsto para esta semana emissões para rolagem das dívidas da Espanha, Itália e França ajuda, segundo os analistas, a aumentar o risco da dívida espanhola.
Só durante o dia de hoje, o risco da dívida cresceu 35 pontos base, depois de ter aberto nos 394 pontos, repetindo a tendência que ocorre com o risco de França, Itália e Grécia. São más noticias para o Tesouro Público espanhol que, esta semana, espera colocar 7,5 bilhões milhões de euros em duas operações, na terça-feira (15) e na quinta-feira (17).