Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian mostrou que o Nordeste superou o Sudeste no número de consumidores que adquiriram o primeiro cartão de crédito no Brasil. De acordo com o levantamento, a região concentra hoje 43% das novas adesões de todo o país, enquanto que o Sudeste responde por 36% deste segmento. O bom desempenho do Nordeste este ano é bem diferente daquele observado há dois anos, quando a situação era o oposto: 48,28% eram do Sudeste e 29,31% do Nordeste.
A pesquisa foi feita tomando por base 300 mil CPFs, além de comparativos entre os primeiros trimestres de 2009, 2010 e 2011. Os números revelaram ainda um crescimento de adesões na classe E. No primeiro trimestre de 2009, 52% do total dos solicitantes pertenciam a esse grupo social. Em 2010, esse número cresceu para 54,8% e, em 2011, para 58,5%.
O estudo mostrou também que a inadimplência nos primeiros quatro meses após a aquisição do cartão de crédito registrou uma pequena alta neste ano. Em 2009, 7,9% dos novos consumidores ficaram com pendências nesse período. No ano passado, esse índice caiu para 4,8%,e, neste ano, houve uma pequena elevação para 5,2%.
Entre os segmentos nos quais se enquadram os brasileiros, está um denominado Periferia Jovem, responsável, neste ano, pela maior fatia da aquisição de cartões de crédito: 25,54%. No ano passado, a porcentagem era de 23,43% e em 2009 a periferia jovem era responsável por 21,75% do total dos pedidos de cartões de cre;dito no país. Este grupo se caracteriza por jovens trabalhadores de baixa renda com pouca qualificação e por estudantes de periferia e famílias que recebem assistência do governo federal.
Seguido da periferia jovem está o grupo chamado Aspirantes Sociais, formado por profissionais em ascensão social, donos de pequenos negócios, jovens em busca de oportunidades e também consumidores indisciplinados. Este segmento, apesar de estar em segundo lugar no ranking de adesões a cartões, já denota uma redução na demanda. Em 2009, 19,78% dos brasileiros que fizeram proposta para adquirir cartão de crédito pertenciam a esse nicho. Em 2010, esse número foi para 15,89% e, neste ano, para 15,33%.