São Paulo ; A indústria brasileira de petróleo e gás deve contratar pelo menos 212 mil trabalhadores nos próximos três anos. A estimativa é do consultor da coordenação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Prominp), Marco Antonio Ferreira.
Ferreira participou hoje (1;) de um debate sobre o pré-sal na sede da Federação das Indústria do Estado de São Paulo (Fiesp). Ele disse que o Prominp fez, no ano passado, um estudo para saber qual a demanda de mão de obra da indústria do petróleo até 2014. O trabalho apontou que pelo menos 212 mil vagas de emprego serão abertas no setor. ;Essas são as lacunas que verificamos em nosso plano de negócios.;
O Prominp é um programa do governo federal criado para treinar trabalhadores para atuar no setor de petróleo e gás natural. Segundo Ferreira, a coordenação do Prominp levanta os investimentos programados e estima quantos trabalhadores serão necessários para que os projetos sejam desenvolvidos.
Quando a demanda é detectada, o Prominp promove cursos de qualificação. Trabalhadores são treinados para que estejam aptos a atuar nos projetos programados. De acordo com Ferreira, 78 mil trabalhadores já foram qualificados pelo Prominp desde 2006. Esse número, porém, deve aumentar muito por causa do desenvolvimento da cadeia do petróleo.
O consultor do Prominp disse que a estimativa do programa está sendo revisada devido aos investimentos previstos para exploração do pré-sal. A demanda por trabalhadores, assinalou, ;deve ser bem maior do que a que estava estimada.;
O presidente da Associação Brasileira das Empresas do Setor Naval e Offshore (Abenav), Augusto Mendonça, também disse que o setor de construção e reparação de navios exigirá muitos trabalhadores devido à exploração do pré-sal. Segundo ele, os estaleiros brasileiros, que atualmente empregam 56 mil trabalhadores, devem ter 100 mil postos de trabalho em 2020. ;O país vive um momento mágico;, disse ele, ao falar sobre as perspectiva para seu setor. ;Vamos contratar desde soldadores e auxiliares até engenheiros navais e pessoal da área administrativa.;