A produção industrial registrou queda de 2% em setembro deste ano em comparação com agosto, após dois meses de estabilidade. Segundo a Pesquisa Industrial Mensal, feita nesta terça-feira (1;/11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE), na passagem de julho para agosto, a queda tinha sido de 0,1%. De junho para julho, o órgão havia registrado aumento da produção de 0,3%.
Em relação a setembro de 2010, a produção da indústria teve recuo de 1,6%. É a menor queda nessa comparação desde abril, quando foi registrada baixa de 1,7%. No acumulado de janeiro a setembro, a produção industrial cresceu 1,1%. E em 12 meses, a expansão chega a 1,6%.
O resultado da pesquisa mostra uma forte freada da indústria e representa os efeitos de alta dos juros, a menor demanda global diante da crise econômica enfrentada nos últimos tempos e a desaceleração do consumo doméstico. A queda de agosto para setembro é a maior desde abril (-2,3%).
Diminuição no ritmo produtivo
De acordo com o IBGE, embora o setor industrial, no terceiro trimestre de 2011, esteja no mesmo patamar de produção do mesmo período do ano passado, há sinais de diminuição no ritmo produtivo na comparação trimestral. Nos primeiros três meses do ano havia sido registrada uma expansão de 1,3%. No trimestre seguinte, houve uma queda de 0,6% e de julho a setembro (terceiro trimestre), uma retração de 0,8%.
Dos 27 ramos pesquisados pelo instituto houve redução da produção em 16, assim como em três das quatro categorias de uso. De agosto para setembro, a retração mais acentuada foi a de bens de consumo duráveis (automóveis), em queda de 9%, e de bens de capital (caminhões), com recuo de 5,5%. O segmento de bens de consumo semi e não duráveis registrou recuo de 1,3% e o setor de bens intermediários, ficou estável.