O consumidor precisa ficar atento na hora de comprar remédios, e, antes de ir a uma farmácia, deve fazer uma pesquisa de preços, alerta a Fundação Procon de São Paulo. O órgão detectou diferenças de preços que chegam a 951,69%, em cinco regiões da cidade de São Paulo. A pesquisa foi feita no período de 28 a 30 de setembro e engloba 52 medicamentos vendidos em 15 estabelecimentos.
O diclofenaco sódico (caixa com 20 comprimidos de 50 miligramas), por exemplo, era vendido por R$ 9,36 em uma drogaria. Em outro pondo de venda, custava R$ 0,89, uma diferença de R$ 8,47. No caso do Propranolol Ayerst (cloridrato de propranolol), o maior valor da caixa com 30 comprimidos de 40 miligramas atingiu R$ 7,45, e o menor, R$ 1,20, uma diferença de R$ 6,25.
A pesquisa constatou que os genéricos estavam 58,47% mais baratos do que os medicamentos de referência. Os técnicos alertam, no entanto, que mesmo entre os genéricos pode haver diferenças de preços. Por isso, recomendam que o consumidor consulte a lista de preços máximos dos medicamentos, disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As drogarias e farmácias também são obrigadas a deixar ao alcance dos clientes uma lista de preços, como determina a Resolução n; 4 da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed), do dia 9 de março de 2011.
A Fundação Procon também orienta o consumidor a evitar comprar medicamentos sem bula e sem embalagem (caixa) e a verificar o prazo de validade antes de adquirir um remédio. Também é importante conferir se o número do lote, o prazo de validade e a data de fabricação constantes na caixa do medicamento são iguais aos marcados nas cartelas ou
frascos.
O Procon lembra que o medicamento deve ser guardado em local seco, arejado e fora do alcance de crianças. Os pais e responsáveis devem ter cuidado especial com remédios de formato ou aroma atrativo às crianças.