A Gol e a Webjet vão manter as operações separadas até que o negócio seja julgado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Para tanto, as duas empresas assinaram um acordo nesta quarta-feira, que é um mecanismo usado pelo Cade em operações de grande concentração de mercado. O objetivo é ;preservar a fusão;, já que, caso não tenham o aval do Cade, as empresas poderão voltar a operar normalmente.
Pelo acordo, a Gol não pode alterar o quadro de empregados nem as rotas feitas hoje pela Webjet. No entanto, as empresas estão autorizadas a compartilhar voos, transporte de cargas e manutenção de aeronaves. Além disso, a Gol e a Webjet deverão contratar auditoria independente a fim de comprovar o cumprimento das obrigações acordadas no acordo.
O Cade também ressaltou que o acordo é ;apenas uma medida de precaução, não sendo nenhuma indicação do seu posicionamento em relação à aquisição da Gol pela Webjet, visto que o processo ainda encontra-se no início da análise;. O Cade também informou que não há previsão de quando o negócio será julgado.
A Gol anunciou a compra da Webjet no início de julho. Pelo acordo, a GOL pagará R$ 96 milhões pela Webjet, sujeito a ajustes até a data em que a operação for concluída, e assumirá dívidas de aproximadamente R$ 215 milhões.