Foi divulgado nesta terça-feira (25/10) o Relatório do Setor Externo, organizado pelo Departamento Econômico do Banco Central. De acordo com o estudo, o déficit nas transações correntes ficou em 2,2 bilhões de dólares, bastante abaixo do verificado em setembro do ano passado, que foi de U$ 3,95 bilhões. No acumulado do ano, o déficit em transações correntes alcançou U$ 35,9 bilhões, todo esse déficit é coberto pelos investimentos estrangeiros diretos no país, que somaram, no período de janeiro a setembro, U$ 50,4 bilhões. Este foi o maior valor registrado na história do Banco Central, o recorde anterior foi de U$ 48,4 bilhões em 2010.
Só em setembro ingressaram no país U$ 6,3 bilhões em investimentos direitos.
Mais uma vez a conta de serviços registrou forte déficit, de US$ 3,1 bilhões, embora um pouco menor do que os US$ 3,4 bilhões do mês anterior e 5,1% inferior ao de setembro de 2010, descontada a inflação do período. O que mais contribuiu para o déficit foram as despesas com viagens internacionais, que totalizaram US$ 1,256 bilhão, quase no mesmo patamar dos US$ 1,297 bilhão gastos em agosto.
A redução das despesas com viagens decorre do fato de os gastos de estrangeiros em trânsito no Brasil terem crescido 14,6% em setembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as despesas de brasileiros lá fora aumentaram um pouco menos (12,4%) na mesma base de comparação. As despesas líquidas com transportes no exterior somaram US$ 753 milhões (alta de 11,9%) e os gastos com aluguel de equipamentos chegaram a US$ 1,381 bilhão (aumento de 2,8%).
Com informações de Vânia Cristino e Agência Brasil