Jornal Correio Braziliense

Economia

Funcionários de bancos públicos mantêm greve em algumas cidades

Apesar do fim da greve dos trabalhadores dos bancos privados, alguns sindicatos de funcionários de bancos públicos decidiram, em assembleias, manter a paralisação. Os sindicatos de Porto Alegre (RS), Florianópolis (SC), Pará e Chepecó (SC) rejeitaram a proposta feita pela Caixa Econômica Federal e mantêm as agências fechadas. A greve no Banco do Brasil continua em Chapecó (SC). Nas demais regiões, o funcionamento das agências dos dois bancos está normalizado.

Os funcionários do Banrisul, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e Banco do Estado de Sergipe (Banese) continuam em greve, cobrando avanços nas negociações específicas.

No estado de São Paulo, região onde trabalham 135 mil dos 484 mil bancários de todo o Brasil, o Sindicato do Bancários de São Paulo, Osasco e Região informou que não há mais agências fechadas.

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), os trabalhadores aprovaram em assembleias as propostas feitas pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal e encerraram a paralisação, que durou 21 dias e chegou a fechar 9.254 agências.

[SAIBAMAIS]A proposta aceita pelos bancários das instituições privadas prevê reajuste de 9% sobre os salários e de 12% sobre o piso da categoria, que agora passa para R$ 1.400. Eles também vão receber 2,2 salários por ano, a título de Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Pelo acordo, a categoria obteve reajuste real de 1,5%. O piso teve aumento real de 4,3%. Os bancários vão repor os dias parados até 15 de dezembro, sem que haja qualquer desconto nos vencimentos.

As reivindicações do sindicato de que os bancários não façam mais o transporte de valores e a proibição da divulgação pelos bancos de ranking sobre o desempenho individual de bancários também foram atendidas.