PARIS - Representantes do G20, reunidos este sábado em Paris, adotaram um dispositivo completo destinado a limitar os riscos criados pela eventual falência dos grandes bancos do mundo.
O G20 "aprovou um dispositivo completo destinado a limitar os riscos criados pelas entidades financeiras de importância sistêmica", informou o grupo, que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes do planeta, ao final de uma reunião de seus ministros das Finanças, esta sexta e sábado, na capital francesa.
A lista destes bancos e instituições será divulgada na cúpula do G20 prevista para Cannes, sul da França, em 3 e 4 de novembro, informou o ministro francês das Finanças, François Baroin, cujo país preside a instância.
Estas novas normas preveem recursos próprios ainda maiores para as grandes instituições bancárias, cuja eventual quebra possa ter repercussões no conjunto do sistema financeiro internacional. Elas terão um impacto "modesto" na economia e serão inclusive benéficas, asseguraram os reguladores esta semana.
Segundo eles, "as fragilidades das grandes instituições financeiras com frequência têm desempenhado um papel na ativação e propagação de crises financeiras sistêmicas" que afetam o conjunto do sistema financeiro internacional, como a de 2008-2009, quando os governos se viram forçados a resgatar os bancos.
As chamadas regras de Basileia III impõem a todas as entidades razões do capital de alta qualidade (como ações e lucros retidos) de pelo menos 7% de suas reservas.
O comitê da Basileia havia identificado em 28 de julho 28 bancos de importância sistêmica e impôs uma reserva de capital de alta qualidade adicional de 1 a 2,5 pontos percentuais com relação às exigências de base.
Os grandes bancos criticam regularmente estas novas normas, que consideram caras demais.