Jornal Correio Braziliense

Economia

Empresários do comércio mantêm otimismo sobre a economia em setembro

Os empresários paulistas do setor do comércio mantiveram, em setembro, a expectativa de que, pelo menos por enquanto, o mercado deverá permanecer aquecido. Eles, no entanto, já demonstram um certo receio de que os efeitos da crise econômica internacional reduzirão o ritmo de consumo, a partir de janeiro do ano que vem.

É o que mostra o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). O índice ficou estável em 124 pontos ante 124,3 pontos em agosto, mês em que o resultado foi o mesmo registrado em julho.

De acordo com a metodologia da Fecomercio-SP, esse índice é resultado de três indicadores usados para medir a percepção sobre as condições atuais da economia, a expectativa sobre os próximos meses e a intenção de investimentos.

O Índice das Condições Atuais do Empresário do Comércio (Icaec) teve alta de 2,1% e ficou em 110 pontos. Esse aumento está associado à expansão da massa salarial no país, segundo análise da economista Simone Bernardino, da Fecomercio-SP. Com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), ela citou que, de janeiro a agosto deste ano, a massa de rendimentos cresceu 5% no país.

Outro fator que influenciou essa percepção mais otimista dos empresários, conforme a economista, é a manutenção das linhas de crédito. Ela, no entanto, alertou que há ;uma tendência de piora; porque a pesquisa já sinaliza um gradual aumento da possibilidade de riscos, em 2012. Nas próximas pesquisas, Simone Bernardino acredita que o resultado já deverá mostrar o receio do setor em relação a eventuais efeitos da crise econômica mundial, principalmente, em decorrência das dificuldades na zona do euro.

O Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (Iiec) atingiu 154 pontos, em setembro. Sempre que supera a marca dos 100 pontos, a interpretação técnica é que há manutenção da confiança. No entanto, comparado a agosto, houve queda de 1,4%.