Pequim - O índice de preços ao consumidor na China, principal indicador da inflação, ficou em 6,1% em setembro, contra 6,2% em agosto, informou nesta sexta-feira (14/10) o Bureau Nacional de Estatísticas.
A inflação preocupa o governo chinês, que em março fixou em 4% sua meta para 2011, mas já admite que dificilmente atingirá tal objetivo. Nos nove primeiros meses de 2011, o índice de preços subiu 5,7% na China, segundo o Bureau de Estatísticas. Em julho, a inflação anual atingiu 6,5%, o mais alto nível em três anos.
O índice de setembro é ligeiramente mais baixo que a média da previsão dos economistas consultados pela agência Dow Jones, que apontavam 6,2%. Mas a persistente pressão sobre os preços deve levar Pequim a reforçar sua política de controle, apesar das dificuldades de algumas pequenas e médias empresas para obter financiamento e do temor de uma quebra do mercado imobiliário, pilar econômico da segunda economia mundial.
A cifra de setembro "confirma que a inflação continuará baixando no quarto trimestre", estimou Zhang Zhiwei, economista da Nomura Securities em Hong Kong. "Mas a longo prazo, a inflação seguirá em níveis elevados".
Segundo Alistair Thornton, economista de IHS Global Insight, "pelo momento a política deverá seguir sem mudanças, enquanto as autoridades chinesas observam com atenção o que ocorre na zona do euro". A situação econômica na "zona do euro e nos Estados Unidos representa o maior risco para as perspectivas chinesas", destacou Thornton.
O excedente comercial chinês caiu a 14,510 bilhões de dólares em setembro, contra 17,8 bilhões em agosto e 31,5 bilhões em julho. A alta anual dos preços dos alimentos atingiu 13,4% em setembro, com a carne em geral somando 28,4%, e a de porco, 43,5%.