Bratislava - A Eurozona aguarda com expectativa nesta terça-feira (11/10) a votação no Parlamento da Eslováquia que pode bloquear o fortalecimento do fundo de resgate europeu, uma arma chave para evitar um contágio da crise da dívida.
A Eslováquia é o único dos 17 países da Eurozona que ainda não aprovou o plano para reforçar o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF), que pretende ajudar o setor bancário, muito exposto à crise da dívida europeia.
[SAIBAMAIS]As posturas estão tão divididas na Eslováquia, um dos países mais pobres da União Europeia (UE), que a primeira-ministra Iveta Radicova condicionou o futuro de seu governo à votação do FEEF. "Anunciei a meus aliados da coalizão que a votação de hoje sobre nosso futuro na Europa será uma moção de confiança para nosso governo", disse Radicova.
O apoio deste país de pouco mais de cinco milhões de habitantes define o futuro da Eurozona e da UE.
A coalizão de governo da Eslováquia tem 79 deputados em um total de 150, mas 22 pertencem ao SaS, um partido liberal e eurocético. Seu líder, Richard Sulik, considera que os eslovacos são muito pobres para pagar por erros alheios e se nega a votar a favor do FEEF, exceto se a Eurozona aceitar que a Eslováquia não pague sua parte de 7,7 bilhões de euros.
Um voto negativo da Eslováquia bloquearia os mecanismos de resgate financeiro aprovados na reunião de cúpula europeia de 21 de julho.