A greve dos bancários chegou ao 11; dia com 8.951 agências fechadas em todo o país. Segundo balanço divulgado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), de quinta (6/10) para sexta-feira (7/10), mais193 unidades aderiram à paralisação.
A Fenaban, braço da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) dedicado a negociações trabalhistas, reiterou que está disposta a retomar as conversas, desde que haja garantias de que as contrapropostas não sejam rejeitadas sem análise pelos sindicatos. A entidade também negou que a paralisação, que começou em 27 de setembro, tenha se estendido aos setores de teleatendimento. Nesta quinta-feira (6/10), foram registradas interrupções no atendimento via internet no Itaú-Unibanco.
O comando nacional dos bancários classificou de hipócrita a postura dos bancos. De acordo com os representantes dos trabalhadores, as instituições financeiras estão divulgando notas na imprensa em que dizem estar dispostas a dialogar com os grevistas. No entanto, os sindicalistas alegam que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) até agora não marcou novas rodadas de negociações nem respondeu à carta enviada pela Contraf na terça-feira (4/10).
Em greve por tempo indeterminado, os bancários reivindicam reajuste de 12,8% nos salários, o que representa 5% de aumento acima da inflação. A categoria também pede aumento nas contratações, fim da rotatividade, melhoria do atendimento aos clientes e fim de metas abusivas impostas pelos bancos. A Fenaban ofereceu reajuste de 8%, 0,56% superior à inflação, e participação nos lucros e resultados.