Nova York - A Bolsa de Nova York terminou em forte baixa nesta segunda-feira (3/10), alcançando seu nível mais baixo desde setembro de 2010, com os investidores mais pessimistas em relação à economia global. De acordo com cifras definitivas, o Dow Jones perdeu 2,36%, encerrando a 10.655,30 pontos, e o termômetro da tecnologia, Nasdaq, recuou 3,29%, a 2.335,83 pontos. Já o índice ampliado Standard and Poor;s 500 perdeu 2,85%, a 1.099,23.
O Dow Jones, que perdeu cerca de 12% no terceiro trimestre, não registrava um nível tão baixo há um ano. "Foi o primeiro dia do trimestre, mas nada mudou, e o mercado continua sofrendo uma pressão considerável", disse Lindsey Piegza, da FTN Financial.
Antes de passar para o vermelho, Wall Street teve uma manhã volátil, sustentada pela publicação de alguns indicadores melhores que o previsto nos Estados Unidos, em particular sobre o aumento da atividade manufatureira. "Tenho a impressão de que o mercado tem medo de que tenhamos uma queda no crescimento e que logo voltemos a uma recessão, a um período de debilidade", disse à AFP uma fonte de mercado em um grande banco europeu.
O governo grego anunciou no domingo à noite que não poderá honrar seus objetivos de redução do déficit público para este ano. Com isso, os investidores temem que os credores de Atenas se neguem a fornecer-lhes nova ajuda.
Nos EUA, rumores de uma eventual quebra da American Airlines fizeram acelerar as perdas. As ações da AMR, grupo ao qual pertence a empresa, cederam 35,14%, cotada a 1,92 dólar por ação no fechamento. Na América Latina, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) perdeu 1,29%, México recuou 1,10% e Santiago caiu 3,21%. A Bolsa da Argentina recuou 6,68%.
O mercado obrigatório americano aproveitou os temores dos investidores: o rendimento do bônus do Tesouro para 10 anos retrocedeu a 1,789%, contra 1,924% na noite de sexta-feira e os títulos à 30 anos fecharam a 2,761% contra 2,921% na véspera.