Jornal Correio Braziliense

Economia

Índice de confiança aumenta e empresários esperam um Natal mais aquecido

Os empresários brasileiros estão mais confiantes neste fim de ano, com o otimismo mais alta, eles esperam um Natal mais aquecido em relação ao ano passado. O Índice de Confiança de Pequenos e Médios Negócios (IC-PMN) mostrou que as perspectivas dos empresários do setor voltaram a subir, o indicador registrou 73,7 pontos ante 72,3 pontos registrado no trimestre passado, em escala de 0 a 100.

O professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), José Luiz Rossi Junior analisou que com a queda da Taxa Básica de Juros (Selic) - 12,5% para 12% - e com a desvalorização do dólar, e com o aumento de 0,5 ponto na renda média do brasileiro, registrada em agosto deste ano, foram os fatores que aqueceram o mercado doméstico.

Segundo o professor do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), José Luiz Rossi Junior, ;os números sinalizam um aquecimento das vendas de Natal deste ano em relação ao ano passado. Em cada ramo de atividade, o pequeno e médio empresário está mais otimista em relação ao futuro da economia. Não se pode falar em recuperação do otimismo antes de avaliar os próximos trimestres;, apontou. O estudo analisou 1,2 mil empresas das cinco regiões do país e foram ouvidos empresários de três ramos de atividade - comércio, serviços e indústria - e que faturam até R$ 30 milhões por ano.

A pesquisa registrou também o crescimento na confiança em relação ao desempenho da economia, de 72,3 contra 70,5 pontos no terceiro trimestre. As expectativas de faturamento cresceram 78,4 pontos. Já o lucro dos empresários aumentou de 74,5 para 76,2 pontos. Já as previsões de investimento e de contratações tiveram pouca alteração em relação à última pesquisa. No setor do comércio, a pesquisa indicou um crescimento mais significativo em relação ao último estudo, saltou para 73,2 pontos e o setor de serviços está quase tão confiante quanto no quarto trimestre do ano passado, em que os índices atingiram 75,1 pontos, respectivamente.

César Fischer, superintendente de Pequenas e Médias Empresas do Santander, explicou que essa tendência ;demonstra que os empresários estão confiantes no desempenho da economia brasileira, principalmente para os setores de comércio e serviços;, concluiu.

A região Centro-Oeste foi a que mais se destacou e atingiu 77,3 pontos seguida pela região Norte que ficou com 76 pontos. Segundo o estudo, essas duas regiões possuem um dos maiores parques industrias do país e os empresários tiveram remunerações mais altas em comparação com as outras. As regiões Sul e Sudeste também apresentaram maior otimismo dos empresários, mas cresceram 73,1 e 72,9 pontos respectivamente.