Representantes do setor econômico da Grécia terão nesta terça-feira (20/9) uma série de reuniões com credores internacionais, enquanto o país enfrenta pressões para que não decrete a suspensão do pagamento de sua dívida. Paralelamente, a agência de classificação de riscos Standard and Poor's rebaixou a nota da dívida italiana, assim como a Espanha, Irlanda, Grécia, Portugal e o Chipre também tiveram as notas de suas dívidas rebaixadas neste ano.
Segunda-feira (19/9), o ministro das Finanças do país, Evangelos Venizelos, participou de uma reunião de duas horas com auditores de países da zona do euro e com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI), que estão avaliando o plano do governo grego de reduzir seu déficit.
O governo informou que precisa de pelo menos US$ 11 bilhões (R$ 19 bilhões) ou não terá dinheiro em caixa a partir do próximo mês. Ontem também, a agência Standard and Poor's rebaixou sua nota para a dívida soberana de curto e longo prazo da Itália de A%2b/A-1%2b para A/A-1.
Além do rebaixamento, a agência informou que a perspectiva para o país é "negativa". As outras agências de classificação mantiveram a nota da dívida da Itália - terceira maior economia da zona do euro - em um nível superior.
"Nós achamos que o ritmo reduzido da atividade econômica da Itália até agora tornará as metas fiscais revisadas do governo difíceis de atingir", informou a Standard and Poor's em um comunicado. Outra razão dada pela agência são os temores sobre como a coalizão de governo da Itália vai responder às dificuldades econômicas, cortando os gastos e reequilibrando as contas públicas.
Assim como outros países da zona do euro, a Itália vive uma grave crise fiscal e acumula enorme dívida, suscitando temores junto ao mercado quanto à capacidade de honrar seus compromissos.
Recentemente, o Parlamento da Itália aprovou um pacote de cortes orçamentários que foram rejeitados por boa parte da população.