Jornal Correio Braziliense

Economia

Consequências da saída da Grécia da Eurozona seriam dramáticas

Estrasburgo - O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários, Olli Rehn, advertiu nesta quarta-feira (14/9) que uma suspensão de pagamentos (default) da Grécia ou a saída do país da zona do euro representariam "custos dramáticos" para o país, para a Europa e o mundo inteiro.

"É absolutamente certo que um default ou uma saída da Grécia do euro implicaria custos dramáticos no plano econômico, social, político, não apenas para a Grécia, mas também para os outros Estados membros da Eurozona (integrada por 17 países da UE), da União Europeia, como para nossos aliados no mundo", disse no Parlamento Europeu.

Na mesma sessão parlamentar, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, destacou que o continente enfrenta a crise mais grave dos últimos anos.

Barroso criticou França e Alemanha pelo desejo de solucionar os problemas da Europa em uma ação bilateral, sem consultar ou debater as questões com os demais parceiros da UE ou com as instituições que governam o bloco, como a Comissão e o Parlamento europeu.

[SAIBAMAIS]"Estamos enfrentando a crise mais grave de nossa geração. É uma luta pelo futuro da Europa, a integração da União Europeia", disse.

Barroso estimulou os países da Eurozona a executar o mais rápido possível as medidas aprovadas em 21 de julho para repassar uma ajuda a Grécia de 160 bilhões de euros, que permitiria a Atenas cumprir os compromissos com seus principais credores.

Mas também destacou que a Europa precisa ver a Grécia cumprir com o plano de reformas econômicas para reduzir o déficit fiscal nacional.

Barroso insistiu que a UE deve aprovar um plano de maior rigor da disciplina fiscal comunitária. Para isto, disse, a integração é o único caminho para sair da crise da dívida que afeta a Eurozona.

"Temos a necessidade de mais Europa, não de menos Europa, uma integração profunda é grande parte da solução".