WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, apresentou nesta quinta-feira (8/9) ao Congresso um plano para a criação de empregos cujo custo é avaliado em 447 bilhões de dólares, sendo mais da metade com a redução de impostos. O plano prevê reduzir à metade os encargos trabalhistas e impostos sobre os trabalhadores em 2012, segundo a Casa Branca.
A medida representará uma queda na arrecadação federal de 240 bilhões de dólares, além de investimentos de 140 bilhões de dólares em medidas para a criação de empregos, basicamente com a recontratação de professores e de pessoal dos serviços de socorro (policiais e bombeiros). Esta parte da proposta inclui ainda a criação de um banco de obras públicas, modernização de escolas e investimentos nos transportes.
[SAIBAMAIS]O plano propõe ainda estender o auxílio desemprego e os fundos para programas de recapacitação profissional, por um valor de 62 bilhões de dólares. "O povo deste país trabalha duro para enfrentar suas responsabilidades. A questão esta noite é se vamos enfrentar as nossas. A questão é se, diante da crise nacional que estamos vivendo, podemos acabar com o circo político e fazer algo que realmente ajude a economia". "O objetivo do plano de estímulo ao emprego é simples: colocar mais gente para trabalhar e mais dinheiro no bolso de quem está trabalhando".
Os Estados Unidos enfrentam no momento uma taxa de desemprego de 9,1%, e 53% dos americanos estimam que Obama não faz o correto para enfrentar a situação. O presidente também anunciou que detalhará um plano "mais ambicioso" para a redução do déficit público no próximo dia 19 de setembro.
O plano, além de incluir os cortes aprovados em julho passado de um trilhão de dólares, deverá cobrir os 447 bilhões de dólares empregados no pacote contra o desemprego anunciado hoje. "Até 19 de setembro, divulgarei um plano contra o déficit mais ambicioso - um plano que não cobrirá apenas o custo desse plano de empregos, mas estabilizará nossa dívida no longo prazo", disse Obama.