Nova York - A agência de classificação Fitch Ratings confirmou nesta terça-feira (16/8) sua nota máxima "AAA" atribuída à dívida dos Estados Unidos, marcando uma oposição em relação a sua concorrente Standard & Poor;s, que havia baixado a nota da maior potência do mundo em um grau há dez dias, provocando um terremoto nos mercados. Esta nota da Fitch apresenta uma perspectiva "estável", o que significa que a agência não pretende a princípio modificá-la a médio prazo.
Em um comunicado, a Fitch explica sua decisão pelo fato de que "os pilares fundamentais da excepcional solvabilidade dos Estados Unidos permanecem intactos: seu papel pivô no sistema financeiro mundial e de uma economia flexível, diversificada e rica".
A economia americana, revela também, é, por outro lado, capaz de se adaptar aos choques graças à flexibilidade de sua política monetária e as suas taxas de câmbio. A empresa prevê que a primeira economia mundial deverá recuperar o ritmo e que seu crescimento deve superar sua média de longo prazo antes de se estabilizar acima de 2,25% ao ano.
A agência de classificação ressalta, entretanto, que ela poderá ser levada a revisar para "negativa" a perspectiva da evolução da nota do país se o comitê parlamentar bipartite, cujas conclusões são aguardadas para o fim de novembro, não chegar a um acordo sobre um plano crível de redução da dívida pública.
Uma decisão como essa acarretará uma probabilidade superior a 50% que o país perca em dois anos seu precioso talismã, que permite beneficiar de condições de refinanciamento muito vantajosas.
Uma queda pura e simples da nota do país poderá também ocorrer nesta ocasião, mesmo se o cenário seja "menos provável", indica a Fitch.