O dólar reagiu bem às medidas do governo brasileiro para conter a desvalorização da moeda norte-americana. Nesta quarta-feira, a moeda teve alta de 1,35%, cotado a 1,559, evitando assim, sua sétima queda consecutiva. Já o dólar Ptax, usada como referência para contratos futuros e derivativos cambiais, fechou em alta de 1,92%, cotado a R$ 1,5639.
A nova media cambial foi publicada nesta quarta-feira no Diário Oficial da União. O governo pretende cobrar um pedágio sobre determinadas operações e dificultar a ação de especuladores, que apostam cada vez mais na desvalorização do real e na queda do dólar, explicou nesta manhã o ministro da Fazenda, Guido Mantega. A primeira mudança, feita por meio de medida provisória (MP), permite que o Conselho Monetário Nacional (CMN) tenha poderes adicionais aos que já são estabelecidos pela Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM) para restringir operações no mercado de capitais e derivativos.
O derivativo, cujo nome vem do fato de o preço derivar de outro ativo negociado no mercado financeiro para liquidação futura, é usado, muitas vezes, como proteção dos investimentos. Ele pode servir também como uma aposta dos investidores em uma queda ainda maior do dólar.
Outra medida é a que determina o registro obrigatório, sem exceções, das operações de balcão em órgãos como a BM. Com isso, haverá mais controle sobre esse tipo de operação. Uma outra estratégia, adotada por decreto, permite uma elevação de até 25% no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) cobrado na chamada posição vendida de câmbio, que é quando, no mercado financeiro, uma empresa faz operações com o compromisso de entregar dólares no futuro ou pagar a variação do valor da moeda norte-americana em data combinada anteriormente.