Jornal Correio Braziliense

Economia

Gabrielli diz que consumo de gás no país será maior que oferta até 2020

Rio de Janeiro ; Ao detalhar nesta segunda-feira (25/7) o Plano de Negócios 2011-2015 da Petrobras, o presidente da empresa, Sergio Gabrielli, disse, com base nas projeções do plano, que o consumo de gás no país vai superar a oferta até 2020, apesar da importação de gás da Bolívia.

De acordo com o presidente da Petrobras, além da demanda natural do mercado, principalmente pelas termelétricas, haverá também o aumento do consumo da companhia para a produção de fertilizantes, com a entrada em operação do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), e para o aumento do refino no país.

Pelos número do Plano de Negócios, a procura por gás natural saltará dos atuais 96 milhões de metros cúbicos diários previsto para este ano, para 151 milhões em 2015, até chegar aos 200 milhões de metros cúbicos por dia em 2020. Só o consumo para a geração de energia, a partir das térmicas, deverá saltar dos atuais 38 milhões de metros cúbicos por dia para 59 milhões em 2015. Chegando a 76 milhões em 2020.

Atualmente a oferta de gás da companhia, de acordo com o presidente da Petrobras, chega a 106 milhões de metros cúbicos diários. Volume que saltará para 149 milhões de metros cúbicos diários em 2015 e 173 milhões em 2020, segundo projeções contidas no plano. Nas projeções, a estatal leva em consideração a produção nacional, o volume processado nas usinas de regaseificação e o gás importado da Bolívia.

A Petrobras também aumentará o seu consumo de gás nas áreas de refino e produção de fertilizantes, que saltará dos atuais 18 milhões de metros cúbicos por dia para 39 milhões em 2015, até chegar aos 61 milhões de metros cúbicos em 2020. Na avaliação de Gabrielli, no entanto, a companhia tem tempo para corrigir os rumos e atender ao mercado.

A diretora de Gás e Energia da Petrobras, Maria das Graças Foster, admitiu que, entre as medidas para aumentar a oferta, a companhia estuda a construção de mais um terminal de gás natural liquefeito (GNL), na Bahia, que deverá entrar em operação em 2014. E que, em um prazo de dois anos, a companhia poderá decidir ou não pela construção de um quarto terminal.