Nova York - A Bolsa de Nova York fechou em alta nesta quinta-feira (21/7), impulsionada por sólidos resultados e indicadores nos Estados Unidos, assim como pela esperança de que a crise da dívida na Europa e nos Estados Unidos seja controlada: o Dow Jones subiu 1,213% e o Nasdaq, 0,721%.
Segundo dados definitivos, o Dow Jones Industrial Average subiu 152,50 pontos, a 12.724,41 pontos e o Nasdaq, dominado pelo setor tecnológico, subiu 20,20 pontos, a 2.834,43 pontos. O índice ampliado Standard & Poor;s 500 subiu 1,35% (ou 17,96 pontos), a 1.343,80 pontos. "O mercado concentrava-se durante o dia em duas coisas: nos elementos básicos, com resultados que superaram as previsões, e nos Estados Unidos, que deverão evitar o default, além da perspectiva de um acordo na Europa, o que deve atenuar os temores", principalmente de um efeito dominó, explicou Peter Cardillo, da Avalon Partners.
A maior parte do pregão desenvolveu-se enquanto os europeus discutiam um projeto para solucionar o problema da dívida da Grécia. O anúncio de um acordo concreto ocorreu pouco antes do fechamento do mercado nova-iorquino.
Os líderes da zona do euro anunciaram na noite desta quinta-feira (horário local) em Bruxelas um segundo plano para salvar a Grécia da quebra, por um montante de 158 bilhões de euros, com uma substancial contribuição dos bancos e outros credores privados do país.
O risco de uma moratória parcial da Grécia, que era um tema tabu na UE, foi evocado pelos europeus. "Foi interpretado como algo (...) que poderá ajudar a conter os temores de contágio" a outros países considerados frágeis, como Espanha ou Itália, afirmou Peter Cardillo. "É um passo adiante".
Em geral, os investidores mostravam certo otimismo "diante da aproximação de um acordo (sobre o limite da dívida) nos Estados Unidos, com o objetivo de evitar um default", observou Lindsey Piegza, da FTN Financial. O mercado de títulos caiu. O rendimento dos títulos do Tesouro de 10 anos subiram para 3,010% contra 2,933% na noite desta quarta-feira e os títulos de 30 anos a 4,315% contra 4,263%. O rendimento dos títulos evolui no sentido oposto a seus preços.