Londres - As Bolsas da Europa e Ásia registravam quedas expressivas nesta terça-feira (12/7), em um clima de desconfiança a respeito da zona euro, onde analistas temem uma propagação da crise da dívida a países vitais como a Itália, enquanto as autoridades continuam sem chegar a um acordo sobre o segundo plano de resgate da Grécia.
A Holanda rompeu o tabu nesta terça-feira ao afirmar que a União Europeia (UE) já não descarta um "default parcial" da Grécia. No início das operações, as Bolsas europeias registravam baixas, mantendo a tendência da segunda-feira. Frankfurt perdia 2,28%, Londres 2,12%, Parus 2,21%, Madri 3,75%, Lisboa 2,22% e Milão quase 4%. Os papéis dos bancos eram os mais castigados em todas as praças.
[SAIBAMAIS]Na Alemanha, onde os bancos têm exposição de 116 bilhões de euros na Itália, as ações do Deutsche Bank cediam 3,78% e as Commerzbank 3,55%. A seguradora Allianz perdia 2,93%. Em Paris, o Crédit Agricole perdia 5,72%, o BNP Paribas 5,20% e a Société Générale 4,28%. Em Londres, o Lloyds Banking Group perdia 4,20%, o Royal Bank of Scotland 3,56% e o Barclays 3,83%.
Em Milão, o maior banco do país, UniCredit, chegou a registrar queda de 7,11%. O Banca Popolare di Milano perdia 6,62%, o Intesa Sanpaolo 5,44% e o Banco Popolare 3,58%. Na Espanha, as ações do Santander operavam em baixa de 4,64% e as do BBVA de 4,23%.
Na Ásia a situação não foi diferente e as principais Bolsas fecharam a terça-feira no vermelho: Tóquio perdeu 1,43%, Hong Kong 3,06%, Xangai 1,48%, Seul 2,2% e Sydney 1,9%. Na segunda-feira, Nova York também fechou em baixa: o índice Dow Jones perdeu 1,20% e a Nasdaq 2%.