A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) assinou nesta quinta-feira (16/6) seis contratos com empresas para a construção de linhas de transmissão em diversas regiões do país. Os lotes foram leiloados em dezembro do ano passado e somam mais de 500 quilômetros de linhas de transmissão, além de nove subestações.
A entrada em operação das linhas de transmissão e subestações varia de 18 a 24 meses após a assinatura do contrato. Entre os investidores estão empresas brasileiras, espanholas, chinesas e portuguesas. As obras vão gerar cerca de 4 mil empregos diretos e demandar investimentos de R$ 785,8 milhões.
Segundo o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner, o sistema de leilões para as linhas de transmissão colabora para baratear o preço da energia do país. O deságio médio do leilão realizado no ano passado foi de 43,6% em relação ao preço máximo estabelecido.
Hübener lamemtou que esteja havendo, no entanto, demora no processo de licenciamento ambiental para as linhas de transmissão, o que, segundo ele, tem dificultado novos empreendimentos. O diretor sugeriu que seja estudada a possibilidade de, para alguns empreendimentos que possam ter mais dificuldades na área ambiental, a licença prévia seja concedida antes da licitação, como já acontece para projetos de geração de energia.
As linhas e subestações serão construídas em seis estados: Rio Grande do Sul, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Pará. Os empreendimentos estão previstos no Programa de Expansão da Transmissão, elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O lote A, que totaliza cerca de 100 quilômetros de linhas de transmissão e quatro subestações, não teve a assinatura do contrato formalizada hoje.