São Miguel do Gostoso (RN) ; De cada 10 carros vendidos no Brasil pela Land Rover, pelo menos quatro são Freelander 2 (a gasolina). Somente nos primeiros meses do ano, a quantidade comercializada foi 25% maior do que a registrada no mesmo período de 2010. Mas havia um espaço de mercado a ser preenchido: o dos fãs dos SUVs (utilitários esportivos, na sigla em inglês) movidos a diesel. Então, a montadora resolveu trazer o modelo 2.2 turbo, de 190 cavalos, em três versões. No geral, todas atendem muito bem ao que quer essa turma. O tanque de combustível, por exemplo, tem capacidade para 68 litros, o que garante uma excelente autonomia de quase mil quilômetros. O consumo, por sua vez, também é relativamente bom, dependendo da forma de condução: combinando-se cidade e estrada, o carro faz até mais de 14km/l. E, para os que se preocupam com sustentabilidade e querem ver diesel de longe, a empresa garante que o nível de emissões é de 185 gramas de CO2 por quilômetro, índice baixo para um jipe.
O carro foi apresentado em trechos de asfalto, terra batida e areia (muita areia) no litoral do Rio Grande do Norte. Na estrada, onde a maioria absoluta dos donos usa o Freelander 2, nenhuma surpresa: o motor, com torque de 42,8kgfm, reage fácil às aceleradas, transmitindo segurança nas ultrapassagens. Além disso, é silencioso, seguindo tendência, e só deixa preocupação nas curvas, com a baixa (e a sensação de) estabilidade. Mas, vale sempre lembrar, jipe é jipe. Para completar o conjunto, ele vem equipado com uma transmissão automática (a Aisin Warner AWF21) de seis velocidades.
A intenção dos organizadores da expedição da Land Rover em pôr o jipe em situações de todo-terreno era mostrar que é possível se divertir e curtir a natureza sem se expor (o nível de ;radicalismo; é baixo, digamos assim) e sem ser especialista. Com cuidados mínimos, dá para se fazer uma boa aventura. Até um extenso e fundo lamaçal, em que água chegou ao capô, foi ;ofertado; para os participantes.
O Freelander, é importante ressaltar, também conta com sistema de apoio tecnológico que só os irmãos maiores e mais ricos, como o Defender e o Discovery, possuem: o Terrain Response. Bastar girar um botão para que o carro adapte todas as configurações de motor, câmbio e tração do veículo de acordo com o tipo de piso em que se trafega ; asfalto, areia, terra, lama, grama, neve... Enfim, excetuando-se (no Brasil) a neve, é só poder ; e, depois, querer.
Detalhes pequenos
O visual do charmoso jipe da Land Rover quase não se modificou;Quase mesmo. É preciso ser apaixonado pela marca, ou muito detalhista, para notar as mudanças no para-choque dianteiro, na grade frontal ou no conjunto de faróis (traseiros e dianteiros). Na verdade, o design ainda é bem atual, sem cansaço mercadológico. As maçanetas de abertura das portas e do porta-malas passaram a ter a mesma cor da carroceria. Os espelhos retrovisores estão com área 10% maior. Para diferenciar os modelos, apenas a inscrição SD4 para o diesel. Internamente, duas opções extras de cores dos bancos (apenas na versão HSE, a melhor acabada, com couro de primeira qualidade). Nessa versão, aliás, é oferecido um bom pacote de mimos, como os dois níveis de ajuste elétrico dos bancos e possibilidades para até 14 posições diferentes. O espaço, para cinco ocupantes, é bom ; assim como é porta-malas. O conjunto de som, que não tem entrada USB, é obrigatório num carro de tal preço.
Juventude
A versão a gasolina chegou ao Brasil em 2007 e está na segunda geração. Tem motor 3.2 V6 de 233 cavalos e custa de R$ 122 mil (S) a R$ 169 mil (HSE). O Freelander 2 tem como alvo o público mais jovem, mesmo que não possua todas as características fora de estrada dos outros modelos da marca.
O jornalista viajou a convite da Land Rover